DATA DE PUBLICAÇÃO

15-08-2024

ARTIGO DE ESTUDO

Nº 005

A lei moral

Apresentação

A Lei Moral é um artigo de estudo que falará um pouco sobre as bases em que as nossas leis sociais foram fundadas tendo como bases duas obras do mesmo autor: A Abolição do Homem e Cristianismo Puro e Simples. Espero que gostem!

A Lei Moral

Para começar-mos a falar da Lei Moral, é preciso deixar claro que ela é um conjunto de leis implícitas e explícitas em uma sociedade. Como uma lei que atua sobre nós sem precisar estar escrita, mas todo mundo espera que você cumpra. Essa mesma lei é chama, pelo autor, de Lei da Natureza Humana, pois é algo inerente ao comportamento humano. Por exemplo: é esperado que você retribua um favor, é esperado que você seja convidado à entrar no lar de alguém e é esperado que os mais vulneráveis sejam protegidos, por exemplo.

A Lei Moral é como a gravidade que rege sobre todos corpos, porém, aplicada apenas aos seres humanos.

Se você pensa que essas leis são convenientes demais ou são provocadas por algum dógma religioso, saiba que no livro A abolição do homem, o autor prova que essas leis sempre existiram. Podemos ver algumas delas em formato de provébios. Podemos pegar como exemplo os provérbios chineses, os provérbios de Salomão e provérbios indígenas também.

Se pegarmos toda a base filosófica das civilizações, podemos chegar à uma conclusão muito interessante: todas as civilizações possuem valores similares. Você pode olhar, de forma superficial, para uma sociedade e traçar várias diferenças culturais entre ela e a sua, porém, todas partiram de um ponto em comum.

A Lei Moral existe?

Adianto que é difícil e não há uma resposta simples, porque todas as leis são derivadas da Lei Moral ou da Lei da Natureza Humana, mas são versões corrompidas. Ninguém irá se opor se dissermos que todos devem ter direitos iguais; que a inocência das crianças devem ser preservadas, mas poucos concordarão que os assassinos devem ter os mesmo direitos que os homens de bem; ou que traição, em qualquer esfera, é imoral.

Seria útil, por exemplo, inspirar o patriotismo nos jovens? ou inspirar hombridade nos homens? ou seria mais útil inspirar a covardia, a imaturidade e a imoralidade? Uma sociedade não evolui quando seu coração fala mais alto que seu cérebro.

Qual a solução?

Hoje vemos jovens entregues à pornografia, entregues aos prazeres infinitos das redes sociais enquanto que os pais não se amam mais. Lewis não estava falando dessas questões, mas ele estava falando de uma transformação que estava acontecendo na sua época. Atualmente vemos pessoas mais egocêntricas sedentas em julgar o primeiro que não lhe agradar. Isso precisa acabar, ou será tarde demais!

A Lei Moral é o que nos separa do nosso lado animalesco. É, a partir, dela que conseguimos elencar os níveis de dignidade de cada instinto nosso. Vamos para um exemplo: você ouve alguém gritando por socorro. Instantaneamente, você se sente impelido em socorrer esta pessoa, porém, logo em seguida, o seu instinto de autopreservação entra em ação e lhe induz à fugir ou não interferir.

“Se não examinarmos nossos instintos comparando a dignidade de cada, nunca conseguiremos aprender essa dignidade com eles.”

Conclusão

Avaliar as leis que regem uma sociedade devem seguir por um padrão e esse padrão é a Lei da Natureza Humana, é o Tao (para os leitores de A Abolição do Homem). Fomos moldados por essas leis falsa, por isso possuimos falhas de carater e nem nos preocupamos em nos aprimorar, em vez disso deixamos a nossa ganância falar mais alto e abrimos mão de nossas famílias, filhos e de valores em troca de dinheiro e poder.

O Tao nos mostra que temos obrigações com nossas famílias e familiares e temos obrigações em nossa comunidade também. Não só a infância do meu filho deve ser preservada como a infância das outras crianças, por exemplo. Diferente do mundo moderno e dos nossos instintos biológicos, a Lei não nos induz ao individualismo, ela nos faz refletir no nosso verdadeiro papel nesse mundo. O papel de homem.

A Lei Moral faz parte de uma série de artigos voltado para as obras de C. S. Lewis. O primeiro artigo é este O peso da humanidade. Espero que gostem!

"A bondade é, por assim dizer, ela mesma; a maldade não passa de bondade corrompida."

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